Eu não sou cachorro, não

Algumas coisas na vida são irreversíveis e acredito que a confiança é uma delas. Quando nos decepcionamos com alguém nosso coração fica apertado, e isso acontece exatamente por que a decepção vem de quem a gente ama, afinal quem não é importante não te decepcionará, no máximo vai te chatear vez ou outra.

Mas ultimamente eu tenho aprendido a acreditar mais nas pessoas, teria todos os motivos do mundo para ir contra isso, mas eu acredito. Sim, acredito que elas podem se tornar melhores, acredito que nem sempre fazem as coisas por maldade e que muitas vezes estão com os olhos tapados e por isso cometem erros.

Aliás, erros todos nós cometemos todos os dias, quando negamos amor a alguém, seja na gentileza, na falta de generosidade ou mesmo quando somos indiferentes.

E acima de tudo isso eu aprendi que a gente não pode confiar na palavra de um homem - entenda-se todo e qualquer ser humano - pois desejos mudam e atitudes também.

É triste pensar que existem pessoas que vivem constantemente num jogo e vivem disputando, seja um cargo, uma posição social ou – na pior das hipóteses – mendigando amor de alguém.

Fomos feitos para ser completos, para amar e ser amado, para transbordar na vida de alguém, e quando se mendiga por atenção colocamo-nos a um nível abaixo da linha do desamor próprio. Não devemos ser como os cachorrinhos que comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores, há um banquete muito maior para nós.

Acreditar que “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram e jamais penetrou em coração humano o que Deus preparou para nós” é uma questão de Fé. E Fé não se explica, ou você tem ou você não tem.

Por isso, é preciso amadurecer. Não cobre nada de ninguém, pois tudo tem um tempo certo de acontecer. Toda escolha gera uma renúncia e toda atitude tem uma consequência, o que tiver que ser seu chegará até você naturalmente, pois Deus não é um Deus de confusão.

“Aquietai-vos e sabeis que eu sou Deus”