sábado, 16 de abril de 2016


Chega certo momento da vida que você percebe que as coisas mudaram e por mais que a gente tente fazer de conta que não, os fatos estão aí. Seus amigos não são mais os mesmos, a maioria se mudou - ou mudou – e quando você tenta encontrar alguém para conversar, você percebe que aquela pessoa já na pode mais te socorrer como antes.

Tudo muda, as pessoas se casam, os interesses são outros, os novos amigos tomaram o seu lugar e onde foi que você errou? Eu ainda não encontrei uma resposta pra isso, mas, diferente do que o mestre Augusto Cury diz, você não é insubstituível. Opinião minha. Opinião de hoje. Opinião de quem se sente sozinha mesmo estando cercada de pessoas. Quando você se da conta de que apareceu alguém mais interessante ou que você já não tem mais idade para esperar que seus amigos ajam como agiam há alguns poucos anos atrás. Quando você se dá conta de que sua amiga de 10 anos atrás está postando foto do segundo filho que acabou de nascer. Quando sua amiga da quinta série acabou de se casar. Quando tudo deixa de fazer parte da sua vida, você ainda se acha insubstituível?

Bom, eu tenho duas escolhas: me lamentar ou encarar. A primeira me parece bem atrativa para a ocasião, mas confesso que até pra isso ando um pouco com preguiça. Então, vamos encarar os fatos e tentar não surtar, agir como diria os pinguins de Madagascar: sorrindo e acenando.

É, querida, as coisas mudam, o tempo passa e você não tem mais 17 anos e uma cabeça cheia de sonhos e desejos de “um sábado à noite e eu morando sozinha, uau!”. Sim,já faz quase 10 anos que fiz minha melhor e pior escolha e hoje arco com as consequências boas e ruins dela. Não quero parar para balancear, mas quero tentar ver no futuro algo bom, algo realmente atrativo.


Eu realmente estou naquele momento da vida que você olha pro céu e diz: eu não to entendendo nada! Mas talvez a grande xarada esteja nisso, não preciso entender, mas crer. É o que to fazendo, mesmo que não pareça.