sábado, 31 de março de 2012


Saudade. Essa é a palavra. Sabe quando o peito aperta e dói tanto, mas tanto que você não sabe mais o que fazer, e nessa tentativa de esvaziar a dor as lágrimas transbordam e escorrem no seu rosto. Hoje me senti assim. Pelo simples fato de estar longe de algumas das pessoas que mais amo. Às vezes pode parecer exagero, mas como posso deixar de amar uma cidade e um grupo de pessoas que se mostraram AMIGAS quando os irmãos de sangue viraram as costas pra você? Nem esse nem aquele, mas aquela... Aquela cidade, aquela escola, aquela igreja, aquela gente que sabe valorizar o próximo. E ainda me perguntam porque eu gosto tanto de Santa Rosa de Viterbo? Precisa dizer mais alguma coisa?! Creio que não. 

Hoje é um dia especial para a Renata e pro Juninho, pois chegou o grande dia, talvez o mais esperado pelas mulheres, mas minhas mãos atadas não me deixaram estar presente nessa cerimônia, e foi aí que doeu, e doeu muito. Sei que logo estarei por lá, visitando, rindo, compartilhando e matando essa saudade, mas me doeu saber que não pude ir. Me doeu muito também a dor da perda, não imaginava que alguém que eu não convivia há muito tempo, mas que fez parte da minha infância fosse me doer tanto quando partiu. Lucas Fedel. Sei que Deus o chamou para perto de si, mas aos poucos os corações vão sendo confortados. Há um propósito em tudo isso. 

Senti uma dor que não imaginava que sentiria e diante disso pude perceber que laços de amor e de amizade são mais fortes que laços de sangue. Acho que ninguém melhor do que eu tem propriedade para falar do quesito SAUDADE e disso eu não tenho nenhum “orgulho”. Mas busco sempre ver o lado bom das coisas, sei que mesmo distante posso contar com vocês e posso sentir-me amada. Há um amor que nos une e um amor que vem de Deus, não importa o tempo, a distância e nem o tamanho dessa saudade, pois o valor de uma AMIZADE só pode ser medida pelo coração. 

"...Mas há amigo mais chegado do que um irmão." 
Provérbios 18:24

quinta-feira, 15 de março de 2012



Sim, estávamos precisando disso. Já faz um tempo que eu percebi o quanto existem pessoas que apenas esquentam um banco, que estão ali por estar e não sabem o que realmente estão fazendo em uma Faculdade. É triste ver pessoas que passam quatro anos de sua vida indo a uma instituição de ensino superior apenas por ir, são pessoas que não tem visão acadêmica, que não possuem perspectiva de educação continuada e quando se deparam com a realidade “pedem pra sair”. Ao mesmo tempo, percebo que há outras tantas que entram mudas, saem caladas e dão um show naquelas que falam, falam o tempo todo mas não tem nada a dizer. Desde que me conheço por aluna estou à frente de pegar nomes para aquele evento, receber dinheiro daquela rifa, marcar aquela caravana para o teatro, pesquisar qual será o próximo curso sobre... enfim, fui – e sou – ativa. Sim, faço isso por amor, me fascina o mundo da educação e tudo o que está à sua volta, interesso-me por palestras, por cursos, por discursos – diretos ou indiretos- por ironias, pleonasmos, figuras de linguagem, análise sintática e argumentação. Amo o mundo das letras e faço por merecer. Trouxe para minha atual faculdade um projeto que chamo de fenomenal, o Varal Literário, que graças a FAFIPA/UNESPAR pude conhecer esse universo acadêmico.


Quando falo com saudosismo “da minha turma da FAFIPA” tenho motivos, éramos uma sala com confusões? Sim, porém jamais nos esquecemos – pelo menos pelo tempo que convivi – do nosso principal objetivo: aprender. Se muitas vezes eu briguei com a Elmita era porque não tinha amadurecido o suficiente enquanto acadêmica, hoje percebo o quanto ela fez sentido em minha vida – e ainda faz – além dela, muitos outros mestres contribuíram para minha formação enquanto pessoa e profissional; se defendo alguns professores e suas colocações é porque tenho maturidade acadêmica para perceber que um nível superior se difere de um ensino fundamental. 


Apenas um desabafo, não estou apontando esse ou aquele – nem o posso – porém já estava passando da hora de crescermos enquanto acadêmicos, enquanto terceiro ano de uma faculdade e gastarmos nosso tempo em busca de conhecimento, de pesquisa, de livros de Mattoso Câmara Jr, em livros de Antônio Cândido, nas gramáticas de Pasquale e Domingos Cegalla, ler mais contos de Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector e obras Machadianas ao invés de discutirmos coisas banais, afinal não somos parnasianistas. Não conhece nenhum desses nomes, ou “já ouviu falar”? Pare e pense se realmente você está no curso certo e se realmente é isso que você quer pra sua vida. 


Nunca é tarde para recomeçar, repense seus atos, use um ESPELHO primeiramente e veja o que precisa ser mudado em você para depois querer apontar o erro do outro. Espero que a partir de agora olhemos para a faculdade como uma ponte que irá nos tirar do vício para a virtude (Quem frequenta as aulas de filosofia sabe do que estou falando), e que assim seja, e não seje, ok?!


 

quarta-feira, 14 de março de 2012




De repente o tempo fechou e as coisas mudaram de lugar. Assim como as nuvens ficaram acinzentadas meu coração se contorcia e algo parecia amarrar-me por dentro, algo sem explicação. Era uma mistura de ansiedade, com tristeza e alguma coisa que ainda não consegui identificar. Às vezes as coisas acontecem e nós não conseguimos entender o motivo pelo qual DEUS as permitiu que acontecesse, porém é nessa hora que é preciso crer. Fé. Duas letras que movem montanhas, quando me lembro da passagem de Abraão e Isaque fico a imaginar o que se passava no coração daquele homem, que apesar de ser temente a Deus era humano. Entregar seu único filho em sacrifício era a maior prova de amor que alguém poderia dar a Deus. E apesar de estar triste, ele estava confiante, pois sabia que havia um propósito com tudo o que estava acontecendo. E assim somos nós hoje, ou deveríamos ser; como é difícil entender os motivos, como é complicado “aceitar” as circunstâncias, mas apesar de tudo, de todo coração partido, da dor da perda e do amor ferido, sabemos que há um Deus maior que todas essas coisas. No mesmo dia muitas coisas aconteceram, coisas inesperadas, coisas ruins, coisas desagradáveis. Olhamos demais para nossas limitações e para nossos “problemas” e muitas vezes esquecemos de socorrer um amigo que está ao lado precisando apenas de um socorro e de um abraço. Não deixe que a vida passe sem sentido para você, não deixe para dar aquele abraço amanhã, não deixe para dizer “me perdoe” semana que vem, não adie um encontro entre velhos amigos, não permita que as coisas NÃO aconteçam em sua vida, pois o amanhã, a semana que vem pode não chegar. Faça hoje, perdoe hoje, ria hoje, viva hoje o que tem que ser vivido; deixe que o tempo cure as feridas, que Deus conforte os corações e que a vida siga seu rumo natural, com perdas irreparáveis e ganhos imensuráveis.


  

sábado, 10 de março de 2012

Senti necessidade em escrever hoje. Sabe quando você quer expressar o que sente de alguma maneira? Pois é, mas parece que nem eu mesma sei o que estou sentindo. Essa semana foi tão boa para mim, me diverti, saí, conheci pessoas novas e fiz o que me deu vontade. Aí quando você acha que nada e nem ninguém pode te chatear, exatamente essa pessoa te chateia. Aos poucos estou aprendendo a lidar com isso, se fosse há anos atrás iria querer me “impor”, iria retrucar e responder à altura, porém, percebi que não vale a pena. Quando você realmente cresce e amadurece consegue perceber que existe uma linha tênue entre o domínio próprio e o descontrole de suas emoções. Hoje, percebo que aprendi a enxergar essa linha e me controlei, contei até dez e me calei, pois o silêncio dói mais que meia dúzia de palavras em momento de raiva. Deus tem me dado o dom de perdoar e amar quem tenta me chatear, quem tenta me afetar de alguma maneira. Tenho aprendido a lidar com situações delicadas e complexas, e modéstia a parte, tenho me saído muito bem. Estou feliz com minhas escolhas, estou feliz com minha vida, com minhas conquistas e sei que todas elas foram – de alguma forma – guiadas por DEUS, e isso não tem preço. Saber lidar com situações delicadas é expressar toda sabedoria que há dentro de você. As palavras podem até mostrar uma pessoa, mas suas atitudes mostram quem você realmente é. Já me iludi com palavras, hoje não digo que não me iludo mais, porém, sei esperar o tempo certo para que as palavras ditas sejam provadas com atitudes. 

quarta-feira, 7 de março de 2012


Já faz algum tempo que não posto nada por aqui e tenho sentindo falta disso, talvez pelo fato de que minha “agenda mental” anda um pouco cheia e que 24 horas não estão sendo suficientes para tudo. Hoje parei para refletir um pouco em uma frase que vi no ‘Fasebook’ – isso mesmo que você leu – o mural de recados da Fase Network chama-se Fasebook (ótima ideia, diga-se de passagem). 

Eis a frase: “Cuidado para não se acostumar com a paisagem”. 


Por mais simples que pareça, essa frase é um tanto complexa; ela acarreta um significado e tanto. Veja bem: todos os dias levantamos pela manhã e fazemos as mesmas coisas, nossa querida rotina precisa ser cumprida, afinal precisamos nos ocupar com algo, questão de necessidade. Hoje, no entanto, fugi um pouco da minha rotina, coloquei o relógio mais cedo e resolvi sair de casa antes do normal, foi um pouco estranho, confesso. Vi pessoas diferentes pelo caminho, no entanto, no mesmo caminho que faço todos os dias, é incrível como passar pelo mesmo lugar meia hora antes – ou depois – tudo muda. As lojas e o comércio em geral estavam ali no mesmo lugar – óbvio – mas as pessoas eram diferentes, pessoas e seus horários, pessoas e seus caminhos, pessoas e sua rotina. Hoje pude reparam mais na paisagem, apesar de quase ter me acostumado com ela, hoje tive tempo de ver gente nova, tive tempo de conversar com o vendedor da quitanda, tive tempo de comprar 120 gramas de granola, tive tempo... Pequenas ações me fizeram refletir sobre a vida e suas peripécias, como um senhor chamado tempo tem influência em nossa vida!!!


Cheguei então a seguinte conclusão: o tempo realmente passa, mas cabe a cada um de nós utilizá-lo da melhor maneira possível, levante meia hora mais cedo e caminhe em direção a sua rotina e verás quantas coisas existem à sua volta, quantas crianças sonolentas a caminho do colégio, quantos velhinhos indo à padaria buscar o pão do café da manhã, quantos trabalhadores uniformizados – e atrasados – indo para o serviço, e aprenda em meio a tanta correria, a observar. Observar a beleza que há em cada detalhe da sua cidade, pois como diz a frase “A beleza está nos olhos de quem vê”. Não se acostume com a paisagem.


PS: Creio que as aulas de Filosofia de terça estão me deixando criticamente filósofa.