quinta-feira, 15 de março de 2012



Sim, estávamos precisando disso. Já faz um tempo que eu percebi o quanto existem pessoas que apenas esquentam um banco, que estão ali por estar e não sabem o que realmente estão fazendo em uma Faculdade. É triste ver pessoas que passam quatro anos de sua vida indo a uma instituição de ensino superior apenas por ir, são pessoas que não tem visão acadêmica, que não possuem perspectiva de educação continuada e quando se deparam com a realidade “pedem pra sair”. Ao mesmo tempo, percebo que há outras tantas que entram mudas, saem caladas e dão um show naquelas que falam, falam o tempo todo mas não tem nada a dizer. Desde que me conheço por aluna estou à frente de pegar nomes para aquele evento, receber dinheiro daquela rifa, marcar aquela caravana para o teatro, pesquisar qual será o próximo curso sobre... enfim, fui – e sou – ativa. Sim, faço isso por amor, me fascina o mundo da educação e tudo o que está à sua volta, interesso-me por palestras, por cursos, por discursos – diretos ou indiretos- por ironias, pleonasmos, figuras de linguagem, análise sintática e argumentação. Amo o mundo das letras e faço por merecer. Trouxe para minha atual faculdade um projeto que chamo de fenomenal, o Varal Literário, que graças a FAFIPA/UNESPAR pude conhecer esse universo acadêmico.


Quando falo com saudosismo “da minha turma da FAFIPA” tenho motivos, éramos uma sala com confusões? Sim, porém jamais nos esquecemos – pelo menos pelo tempo que convivi – do nosso principal objetivo: aprender. Se muitas vezes eu briguei com a Elmita era porque não tinha amadurecido o suficiente enquanto acadêmica, hoje percebo o quanto ela fez sentido em minha vida – e ainda faz – além dela, muitos outros mestres contribuíram para minha formação enquanto pessoa e profissional; se defendo alguns professores e suas colocações é porque tenho maturidade acadêmica para perceber que um nível superior se difere de um ensino fundamental. 


Apenas um desabafo, não estou apontando esse ou aquele – nem o posso – porém já estava passando da hora de crescermos enquanto acadêmicos, enquanto terceiro ano de uma faculdade e gastarmos nosso tempo em busca de conhecimento, de pesquisa, de livros de Mattoso Câmara Jr, em livros de Antônio Cândido, nas gramáticas de Pasquale e Domingos Cegalla, ler mais contos de Lygia Fagundes Telles, Clarice Lispector e obras Machadianas ao invés de discutirmos coisas banais, afinal não somos parnasianistas. Não conhece nenhum desses nomes, ou “já ouviu falar”? Pare e pense se realmente você está no curso certo e se realmente é isso que você quer pra sua vida. 


Nunca é tarde para recomeçar, repense seus atos, use um ESPELHO primeiramente e veja o que precisa ser mudado em você para depois querer apontar o erro do outro. Espero que a partir de agora olhemos para a faculdade como uma ponte que irá nos tirar do vício para a virtude (Quem frequenta as aulas de filosofia sabe do que estou falando), e que assim seja, e não seje, ok?!


 

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