quinta-feira, 7 de março de 2013


Ontem acordei e liguei a Tv como de costume, mas o dia não seria como um outro qualquer. Os noticiários matinais não falavam outra coisa a não ser na morte - inesperada - de um cara conhecido como “poeta do asfalto”, Alexandre Magno Abrão, o Chorão. Para muitas pessoas esse cara foi só mais um entre tantos outros que se foram cedo demais, para os fãs uma perda irreparável. Confesso que eu não era uma fã de Chorão, não tinha seus Cd’s e nem fui a nenhum show da banda, mas o que mais me chamava a atenção era que por trás daquela cara de mal, daquelas roupas largas e das tatuagens havia um poeta, dos melhores. 

Aprendi a gostar de suas letras há pouco mais de 2 anos, antes não queria nem ao menos ouvir falar nesse tal de Charlie Brown, ignorância minha! Perdi tempo por não tê-lo conhecido antes, mas agradeço - de coração - a uma pessoa que fez parte da minha vida e me ensinou a gostar desse cara e de suas músicas. Obrigada! Talvez pela primeira vez um cara falou de amor, de política, de mulher com tanta propriedade e da melhor forma que alguém poderia falar. 

Amor, lutas, glórias, conquistas, pontes... palavras que expressam toda uma vida, talvez uma vida errada, regada de bebidas e coisas ilícitas, mas será que ele teve ao menos a oportunidade de conhecer o outro lado da moeda? Como pode uma pessoa de tamanha inteligência se destruir até chegar ao fundo do poço? O que você e eu fazemos diante de uma situação como essa? Ignoramos ou tentamos ajudar? Diariamente várias e várias pessoas morrem sozinhas, morrem por dentro ou morrem fisicamente.  

Não quero questionar isso ou aquilo, mas talvez essa seja a hora de enxergarmos além do que os nossos olhos podem ver, olhar para o coração e não para a aparência, olhar para o sentimento e não para as tatuagens, olhar para o que há por dentro e não o que apenas as roupas mostram.

A vida me ensinou a nunca desistir, nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir (8)

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