terça-feira, 17 de julho de 2012


É assim que me sinto hoje, talvez esse seja o pior dos sentimentos. Tem dias que me pergunto se essa vida será assim para sempre se um dia algo vai mudar. Estou exausta de ser aquela que ajuda, que aconselha, que escreve os mais lindos versos de amor, que une casais, que isso e que aquilo, quando na verdade 10% disso não se aplicam na minha própria vida. 

Não que eu não queira, não é isso, mas é que é assim que as coisas aconteceram. E quando percebo que já faz quase 23 anos que tudo isso acontece percebo que não há mais tempo para esperar o depois, o que há de acontecer, pois tudo isso é o meu agora. Talvez eu esteja sendo subjetiva, mas é assim que me sinto nesse exato momento, uma pessoa que faz de tudo pelos outros, que tem talento – sem modéstia – que faz e acontece, mas que passou os últimos finais de semana sozinha, sem um sms, sem um telefonema, sem um convite para rir um pouco. 

Não é isso que os filmes teens ensinam nas telas dos cinemas, ma é isso que realmente acontece. Não vou negar, sinto-me só, e muitas vezes sinto-me assim quando estou rodeada de pessoas. Cansei de largar a ‘minha melhor amiga’, o ‘menino mais bonito do colégio’, ‘os lugares mais bonitos’ em outra cidade, em outros estados. Quero um lugar pra chamar de meu, quero uma cidade pra chamar de minha, quero um grupo em que eu possa – realmente – chorar, rir, desabafar e viver os melhores momentos da minha vida. 


Apesar de tão nova – ou não – sinto-me cansada de tentar, tentar e não conseguir ter algo ou alguém que seja meu – poupe-me de interpretações erradas – e que eu saiba que acima de tudo está debaixo da vontade de Deus. Ás vezes cansa essa tal de independência.

Ps: artigos escritos durante a TPM podem causar arrependimentos num futuro próximo.

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