
Ao mesmo tempo sinto-me feliz por saber “notícias” deles
através da internet. Creio que os últimos anos me deixaram 007 – como diria
Verônica – na internet, e descobrir o paradeiro de uma pessoa, sua profissão e
até CPF e RG – pode acreditar – é uma das minhas habilidades virtuais. Mas enfim,
hoje pela primeira vez em 23 anos de existência consegui encontrar uma foto de
uma prima que NUNCA vi e não foi por falta de tentativa. No auge dos meus 5 ou
6 anos de idade tentei por várias vezes contato com ela através de cartas (eu
estava aprendendo como escrever uma carta na escola, na época) que NUNCA foram
respondidas, acabo de perceber que é essa é uma grande frustração de infância.
É um sentimento de impotência e nada mais. Durante alguns
longos anos fiquei me perguntando porque a maioria dos meus amigos têm primos
por perto e são amigos dos mesmos, enquanto eu nem conheço boa parte dos meus. Creio
que minha experiência de vida me fez perceber que não sou nem um pouco normal e
que a vida não acontece igual para todos. Hoje sei lidar com este fato, os que
me querem bem até aceitam minhas solicitações em redes sociais, enquanto outros
devem olhar para o convite e dizer: quem será essa aí que quer me adicionar?
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